Os deputados e senadores parecem resistir à ideia de votarem os projetos anticorrupção que tramitam no Congresso. No total, 102 propostas estão engavetadas, algumas há mais de 15 anos, estando 21 prontas para ir ao plenário e outras 17 foram arquivadas.
O deputado Francisco Praciano (PT) disse ao jornal "O Globo" que a dificuldade em colocar as propostas em votação se deve a falta de engajamento dos colegas. "Para criar uma frente é preciso 172 assinaturas e nós conseguimos 205. O problema é que muitos assinam apenas para que seja criado o grupo, mas não se engajam. Na verdade, apenas dez ou 15 acompanham a frente", afirmou.
Já Gil Castello Branco, fundador da ONG Contas Abertas, coloca que o motivo para a não votação é a falta de interesse dos parlamentares em propostas que combatam a corrupção.
"Não tem consenso, eles dizem que é polêmico e não colocam para votar. Para um Congresso absolutamente desacreditado, seria positivo fazer uma semana contra corrupção, na qual eles priorizassem a votação desse tipo de projeto. Imagina como seria positivo para a imagem do Congresso se isso acontecesse", declarou.
Dentre as propostas paradas estão a que cria varas especiais para julgar ações de improbidade administrativa, a que caracteriza o enriquecimento ilícito de funcionário público como crime, a que transforma os crimes de peculato em hediondo podendo acarretar prisão temporária e a que extingue o foro privilegiado para deputado federal e senador.
Fontes: Jornal O Globo/ Portal Transparência/ Site Câmara
Enviado por Edinaldo Soares
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