Os governadores dos quatro estados do Sudeste acertaram, nesta quinta-feira (18), com a presidente Dilma Rousseff um compromisso com o plano Brasil sem Miséria. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, a região mais rica do país, o Sudeste, tem 2,7 milhões habitantes que ainda vivem na extrema pobreza.
A presidente foi recebida no Palácio dos Bandeirantes pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e cumprimentou, afetuosamente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O ato era multipartidário. Estavam presentes o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, do PSB, o governador do Rio, Sérgio Cabral, do PMDB, e governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, que assim como Alckmin é do PSDB. Governo e oposição prometeram se unir no combate à miséria.
“Identifico, aqui, um marco. Ultrapassamos o período de disputas para unir esforços em prol dos que mais precisam do Brasil, senhora presidente”, declarou Geraldo Alckmin.
São Paulo juntou o programa estadual Renda Cidadã com o Bolsa Família, do Governo Federal, em um único cartão. A meta é atender 1 milhão de pessoas com renda abaixo de R$ 70. Rio de Janeiro e Espírito Santo já haviam feito essa unificação. A negociação com Minas está em andamento.
Foi assinado também um acordo com a Associação Brasileira dos Supermercados para compra de produtos de agricultores familiares. E as empresas de eletricidade se comprometeram a usar sua estrutura nacional para ajudar a localizar as famílias de baixa renda sem acesso a programas sociais, pessoas sem meios de procurar o auxílio do governo.
“Não é mais o pobre correndo atrás da ajuda do Estado, é o Estado chegando onde a pobreza está”, garantiu a presidente Dilma Rousseff.
Para Dilma Rousseff, os programas de transferência de renda, ao aumentar o consumo das famílias, fortalecem o Brasil diante da crise financeira na Europa e nos Estados Unidos. “É criar um mercado interno sólido, é ter recursos para enfrentar as turbulências monetárias e financeiras que podem nos atingir”, explicou.
No discurso, a presidente fez uma rápida alusão às demissões e renúncias no governo após acusações de corrupção. Ela disse uma palavra que tem sido muito usada na referência a esses episódios. A palavra "faxina". “Como usa a imprensa, a verdadeira faxina que esse país tem de fazer é a faxina contra a miséria”.
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