As pessoas que visitam
Chapada do Norte, no médio Jequitinhonha, em dias comuns, não imaginam que, no
segundo domingo do mês de outubro, o pacato município, constituído por ruas
singelas e calmas, transforma-se em uma grande apoteose. A cidade, distante 522
Km da capital Belo Horizonte e localizada às margens do Rio Capivari, vive,
nesse período, a materialização da fé, um momento de devoção e de alegria. É a
Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte, que
reúne milhares de pessoas vindas dos mais distantes rincões do estado e do país
para saudar a Virgem do Rosário. São pessoas comuns, devotos, Mascates,
moradores da cidade e da região, turistas e tantos outros que se veem atraídos
pela movimentação local.
A Festa é o momento da
fé, da religiosidade, da comunhão, do divertimento e da alegria, é também o
momento do reencontro dos que moram longe, em outras cidades e estados, e que
voltam à Chapada, justamente nesse período, para encontrar parentes e amigos.
Toda essa mobilização
resulta na Festa de Nossa Senhora do Rosário de Chapada do Norte que, da quinta_feira
do Angu até a Missa da Posse, na segunda-feira seguinte, movimenta o Vale do Jequitinhonha. Contudo,
os preparativos para a celebração acontecem muitos meses antes, em praticamente
todo o ano se vive a Festa.
Apesar de distante e
isolada, a cidade de Chapada do Norte e os festejos de Nossa Senhora do Rosário
chamaram a atenção de diversos estudiosos desde a década de 1980. Nos últimos
anos, a Festa tornou-se objeto de estudo do Instituto Estadual do Patrimônio
Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG) que instaurou o processo de
registro, com o intuito de compreender, reconhecer e difundi-la como bem
cultural mineiro.
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