QUE NADA NOS DEFINA. QUE NADA NOS SUJEITE. QUE A LIBERDADE SEJA A NOSSA PRÓPRIA SUBSTÂNCIA.
Simone de Beuvoir

sábado, 11 de maio de 2013

Festa do Rosário de Chapada do Norte é tombada como Patrimônio Imaterial de Minas Gerais

Nas últimas Festas do Rosário, anunciamos os trabalhos do IEPHA em prol do Registro da Festa de Nossa Senhora do Rosário como Patrimônio Imaterial do Estado de Minas Gerais e isso se confirmou na última quarta-feira.




Foi aprovado, por unanimidade, pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural – CONEP como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, de Chapada do Norte. Expressão de religiosidade e de fé, a festa é uma celebração que há mais de dois séculos movimenta irmãos, fieis, comunidade e a população do Médio Jequitinhonha.

O processo de registro da festa foi apresentado pelo Gerente de Patrimônio Imaterial do Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG, Luis Gustavo Molinari Mundim, durante a reunião. “A importância desse registro de patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais é porque ele está dentro de um processo do Iepha de fazer um registro de cada livro de Patrimônio Imaterial. O primeiro foi o Livro dos Saberes, como o Modo de Fazer do Queijo da Região do Serro, o segundo o Livro das Celebrações, com a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, e estamos desenvolvendo um trabalho na Comunidade do Arturos, em Contagem, que será registrado no Livro de Lugares, e em breve vamos começar um trabalho para o Livro de Formas de Expressão”, relata o gerente. Durante o processo de instrução do registro foram levantadas e analisadas informações e dados que ratificam a importância da festa como bem cultural imaterial.

Dez membros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos viajaram 528 km até Belo Horizonte para acompanhar a decisão do Conselho. Eles ouviram atentamente os pareceres positivos e emocionantes de cada conselheiro, que ressaltaram a importância desse registro.

Quem também emocionou os participantes foi o Seu Olímpio, vice-presidente da Irmandade, que aproveitou a ocasião para agradecer a oportunidade de ter a cidade de Chapada do Norte e a festa como bem cultural imaterial de Minas. “Desde bem pequenininho minha mãe levava os filhos para assistir a festa, eu comecei a ir ainda no colo dela”, relata o simpático senhor. Ainda segundo ele, “a história do povo de Chapada do Norte é que foi registrada”. O retorno à cidade está sendo aguardada com muita expectativa por toda a comunidade. Para o Seu Olímpio, o próximo passo é se reunir com os membros da irmandade para uma reunião e desenvolver trabalhos de educação patrimonial junto às escolas da região.

A festa

Durante quinze dias a festa acontece passando por algumas etapas: Meio Dia (primeiro dia da novena), Novenas (preparação espiritual para a festa), Leilões (durante cinco noites após a celebração da novena), Lavagem da Igreja (mulheres se reúnem para lavar a igreja), Quinta do Angu (distribuição de refeição), Buscada da Santa (encenação da aparição da Virgem do Rosário), Mastro a cavalo (após a última celebração da novena, considerado o apogeu da festa), Reinado (caminhadas e cortejos que conduzem os reis festeiros), Missa da festa, Distribuição do Doce, Coroação, Buscada do Cofre, Divertimentos noturnos, Feira dos Mascates, Tamborzeiros e Congada.

Estiveram presentes na reunião a Secretária Adjunta de Estado de Cultura de Minas Gerais, Maria Olívia de Castro e Oliveira e o Presidente IEPHA, Fernando Viana Cabral.

Fonte: IEPHA/MG

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