Por
Cida Santana
Cerca
de 40 famílias buscam na atividade uma fonte complementar de renda, por meio da
orientação do Sebrae Minas
Chapada do Norte, cidade localizada no Vale do
Jequitinhonha, com 15,2 mil habitantes,
destaca-se pela agricultura
e também pela qualidade e beleza do artesanato que
desenvolve. A produção artesanal ganhou um novo estímulo por intermédio da
parceria com o Sebrae Minas.
Em 2009, após contatos com membros da Associação de
Artesãos de Chapada
do Norte (ARCA), o município recebeu
o Programa Sebrae de Artesanato. A iniciativa foi criada em 1998 e já
possibilitou a capacitação de cerca de 90 mil artesãos em todo Brasil. O
objetivo é contribuir para o crescimento sustentável, por meio do artesanato e,
ao mesmo tempo, promover a cultura, economia local e o desenvolvimento social.
Atualmente, cerca de 40 famílias têm no artesanato
um complemento para a renda familiar.
São produzidos, bancos, cadeiras, baús, porta joias, bolsas,
instrumentos musicais, móveis em couro, palha de milho e madeira.
A implantação do programa promoveu orientações
técnicas para os artesãos de design, gestão da produção do artesanato,
comercialização, organização e fortalecimento de grupos produtivos. A partir
das capacitações, foram criadas novas peças, vendidas a preços competitivos.
De acordo com a artesã Aneli de Fátima Pereira,
presidente da ARCA, a atividade se desenvolveu a partir iniciativa do Sebrae
Minas. “Não fosse esse suporte para nos ensinar a ter um melhor design das
peças, saber formar preços e, principalmente, participar de feiras em outras
regiões, a gente poderia ter até mesmo parado”, testemunha.
Aneli participou de feiras de artesanato em Recife,
Belo Horizonte e São João Del Rei. Lembra que, por conta do apoio recebido, os
artesãos de Chapada do Norte, por mais de uma vez, estiveram na Feira Nacional
de Artesanato, a Expominas, realizada anualmente na Capital Mineira, importante
espaço de comercialização. “Os artesãos de Chapada do Norte já tiveram a
qualidade dos seus produtos reconhecida, mas, ainda enfrentam como desafio a
necessidade de melhoria da logística de distribuição, pois o acesso à
cidade é feito somente por estrada de terra, pela BR 367”, ressalta.
TRABALHO
RECONHECIDO
As peças fabricadas em Chapada do Norte têm
qualidade comprovada. O artesão José Sebastião Vaz, conhecido como Zé do Ponto,
já vendeu peças para a empresa Tok & Stok, com lojas em diversas capitais
brasileiras. “Já vendi vários tamboretes, principalmente aqueles maiores usados
em bares. Eles ficaram sabendo do nosso trabalho e fizeram as encomendas”
conta. Zé do Ponto, de 67 anos, vive
exclusivamente da renda do artesanato. Além de vender seus produtos em feiras
regionais, ele também atende encomendas de outros estados como Rio de Janeiro e
São Paulo.
O analista técnico do Sebrae Minas Julian Silva
acredita na importância do trabalho desenvolvido e já pensa em novas ações.
“Percebemos que os artesãos
conseguiram melhorar a
qualidade das peças
e, principalmente, elaborar um preço adequado. Já estamos
trabalhando para levar
capacitações para aqueles
que chegaram à associação após nossa
intervenção”, anuncia Julian.
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